O Retrocesso na Política Baiana

03/09/2014 21:50

O candidato Paulo Souto parece ter se inspirado na impoluta Marina Silva e vive pregando ser o "novo" para
governar a Bahia. Não precisa ser Piaget para saber que qualquer baiano, mesmo no seu período sensório-motor, associa a imagem de Paulo Souto ao Carlismo.

O afilhado político de ACM tem afirmado que Wagner não soube negociar com os policiais militares, o que
estaria gerando problemas de relacionamento com a tropa e debilitando a segurança pública. Vale lembrar que o grupo político de Paulo Souto nunca foi muito bom no campo da negociação. Para quem não lembra ou não era nascido, no governo biônico de Antônio Carlos Magalhães (1979-1983) ocorreu uma greve da Polícia Militar, mais precisamente em 1981. O então governador e rebento da ditadura militar, Toninho Malvadeza, reagiu de forma truculenta solicitando ajuda a tropas federais. O resultado foi a morte de um tenente, Valmir
Alcântara dos Santos, e ferimentos graves em outro, João Mário de Almeida Lima.

Os métodos violentos e intimidatórios sempre estiveram presentes no carlismo. A Cesta do Povo, criada por ACM com a justificativa de vender alimentos mais baratos aos pobres, na verdade nada mais foi que um instrumento utilizado para prejudicar o grupo Paes Mendonça.

A imprensa foi perseguida e censurada durante o mandonismo carlista, o Jornal da Bahia foi combatido até o
seu declínio. Talvez por isso não tenhamos um órgão de imprensa que realmente tenha coragem de criticar esse grupo político. A Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, surgiu do oportunismo de ACM quando era ministro das comunicações do governo Sarney.

Hora, um candidato que representa um grupo político que iniciou sua trajetória na política baiana no final da
década de 1960 ser o "novo"? Afirmar isso é ter a certeza que o baiano não tem o menor discernimento, é subestimar a inteligência do eleitor.